Património Arqueológico do Concelho de Évora: Desafios para o Presente

No dia 18 do corrente mês, quinta-feira, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, na sede do Grupo Pro-Évora (Rua do Salvador, 1), pelas 18 horas, o Arqueólogo Manuel Calado irá conversar sobre Património Arqueológico do Concelho de Évora: Desafios para o Presente. Com base nos dados actualmente disponíveis, resultantes de múltiplos projectos de investigação, prevenção e salvamento efectuados nos últimos anos, será apresentado um balanço do potencial científico, patrimonial e sócio-cultural do património arqueológico do concelho de Évora, incluindo a dimensão turística.


Serão elencados os principais riscos e ameaças, discutidas estratégias para lhes fazer frente e, sobretudo, serão discutidas algumas ideias estruturantes para uma política sustentável de valorização e promoção do património arqueológico eborense.


O pano de fundo será a relação entre os sítios arqueológicos e a Paisagem, mas também, noutra perspectiva, entre Évora e o seu território.


Manuel Calado é Arqueólogo; tem trabalhado sobretudo no Alentejo Central e na Península de Setúbal, em cujo território coordenou diversos projectos de Carta Arqueológica (Alandroal, Redondo, Vila Viçosa, Mora, Sesimbra e Setúbal) e de Revisão do PDM (Borba, Sousel, Évora, Reguengos de Monsaraz); coordenou prospecções e escavações no Regolfo da Barragem do Alqueva e na Amazónia brasileira. “Da Serra D’Ossa ao Guadiana: um estudo de Pré-história regional” e “Menires do Alentejo Central; Génese e Evolução do Megalitismo regional” foram os temas das suas teses de Mestrado e de Doutoramento, respectivamente, na Universidade de Lisboa.


A iniciativa, aberta a todos os interessados, integra-se no ciclo Conversas d’Évora, que o GPE organiza, e assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

 

As Primeiras Sociedades Camponesas no Alentejo Central - O que nos diz a Arqueologia

 

Na próxima quinta-feira, dia 28 do corrente mês, na sede do Grupo Pro-Évora (Rua do Salvador, 1), pelas 18 horas, a Professora Leonor Rocha irá conversar sobre As Primeiras Sociedades Camponesas no Alentejo Central.

"Se no final não contar uma história, a Arqueologia não serve para nada" – a partir deste título, retirado de uma notícia de jornal (Público, 3/12/2017), ir-se-á falar de monumentos, sítios e paisagens da região de Évora, território de investigação da oradora.

O conhecimento que actualmente temos das Primeiras Sociedades Camponesas, no Alentejo Central, tem vindo a alterar-se nas últimas décadas devido aos numerosos trabalhos arqueológicos realizados, quer através de medidas de minimização de impactes, quer através de projetos de investigação. Pretende-se aqui falar de sítios, monumentos e artefactos… do mundo dos vivos, mas também dos mortos, perceber as preferências das populações que habitaram este território há cerca de 5 mil anos – em suma, contar a sua história a partir dos elementos que conseguimos recuperar nos trabalhos arqueológicos realizados.

Leonor Rocha é docente de Arqueologia da Universidade de Évora e investigadora do Centro de Estudos em Arte, Arqueologia e Ciências do Património - CEAACP. A sua investigação tem-se centrado em torno das origens e evolução das Primeiras Sociedades Camponesas no Alentejo Central. Tem actualmente trabalhos de investigação nos concelhos de Arraiolos, Évora, Monforte e Mora.

A iniciativa, aberta a todos os interessados, integra-se no ciclo Conversas d’Évora, que o GPE organiza.

 

 

A Salvaguarda do Património Arqueológico em Contexto das Novas Práticas Agrícolas

Na próxima quinta-feira, dia 7 do corrente mês, na sede do Grupo Pro-Évora (Rua do Salvador, 1), pelas 18 horas, o arqueólogo Samuel Melro irá conversar sobre A Salvaguarda do Património Arqueológico em Contexto das Novas Práticas Agrícolas.

Em torno de Évora, a paisagem muda de um dia para o outro. No Alentejo, molda-se a nova paisagem rural há muito anunciada com o regadio do Alqueva. Nesse acelerado processo de transformação territorial, somos confrontados com um grande número de destruições ou afectações de património arqueológico, provocadas por revolvimentos de solos de grande profundidade e extensão, associados ao incremento do olival intensivo e de novas culturas, como o amendoal e outras árvores de fruto.

A dimensão deste problema é tão grande e tão grave quanto é o tradicional distanciamento existente entre os mecanismos de defesa do património e a actividade agrícola, para a qual não existem mecanismos de controlo prévio. Os próprios regimes de protecção previstos nos Planos Directores Municipais carecem de maior agilidade e de colocação em prática.

Pretende-se, nesta conversa, proceder a um breve retrato da situação e à discussão do problema e das soluções que têm vindo a ser postas em prática – soluções estabelecidas em conjunto entre os actores envolvidos da arqueologia, da agricultura e das autarquias. Uma resposta que está ainda em curso e que resulta do empenho de todos os que habitam estes territórios rurais em transformação – e para os quais a memória do seu passado e a salvaguarda do património arqueológico não podem, de um dia para o outro, ser simplesmente postas em causa.

A iniciativa, aberta a todos os interessados, integra-se no ciclo Conversas d’Évora, que o GPE organiza. Samuel Melro é arqueólogo da Extensão Territorial de Castro Verde da Direcção Regional de Cultura do Alentejo e tem vindo a acompanhar a minimização de impactos sobre o património cultural no âmbito dos Blocos de Rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

 

 

"Guia de Escultura da Cidade de Évora"

imageEsta edição bilingue (português/inglês) localiza e identifica cerca de 50 esculturas públicas. Com fotografias de Paulo Nuno Silva, mapas, fichas técnicas e textos introdutórios de Maria do Mar Fazenda, são propostos três percursos temáticos - Percurso Evocativo, Percurso Simpósio ’81 e Percurso (Re)Pensar a Cidade – que dão visibilidade e leitura às peças instaladas na cidade.

Este livro está disponível na sede do Grupo Pro-Évora

"Pela Biblioteca Pública"

imageRemonta a 1992 a intenção declarada, por parte dos responsáveis pela cultura em Portugal, de dividir a Biblioteca Pública de Évora, uma das mais notáveis do pais. Desde logo o Grupo Pro-Évora iniciou uma campanha de defesa desta instituição, a semelhança do que fizera aquando da sua fundação.
de Celestino Froes David e Marcial Rodrigues