Megacentrais fotovoltaicas do Divor - Paisagem e Património
A intenção de instalar duas centrais fotovoltaicas de grandes dimensões na freguesia de N.ª Sr.ª da Graça do Divor, na proximidade de Évora, vai estar em debate no Grupo Pro- Évora no dia 15 de Novembro, na Rua do Salvador, 1, pelas 21.30 horas. A conversa, aberta a todos os interessados, será contextualizada por Ana Barbosa, empresária do sector turístico e membro da plataforma Juntos Pelo Divor, e por Nuno Lecoq, engenheiro agrónomo e arquitecto paisagista.
As duas megacentrais solares, contíguas e ocupando uma área de cerca de 650 hectares, estão projectadas para um território «com elevada sensibilidade patrimonial», numa «paisagem cultural rara», de acordo com os estudos do seu impacte ambiental.
Segundo estes estudos, os megaparques fotovoltaicos, em plena bacia hidrográfica da albufeira do Divor, provocarão danos muito significativos ou mesmo irreversíveis na geomorfologia, na biodiversidade, no uso dos solos, no enquadramento do património histórico e arqueológico, na qualidade visual da paisagem. Estes impactes negativos afectarão a população residente e inviabilizarão o desenvolvimento assente nos recursos paisagísticos, patrimoniais e culturais, e as actividades económicas a eles ligadas.
Qual é a importância da paisagem, do património histórico, da biodiversidade, da utilização dos solos, da economia sustentada nas características dos territórios, para Évora e para a vida das suas comunidades? Estas são questões que estarão em discussão.
Integrado nas Conversas d’Évora, que o GPE vem realizando há alguns anos, o debate no Grupo Pro-Évora não pretende questionar as energias renováveis, indispensáveis para a necessária transição energética, mas sim a instalação de megacentrais fotovoltaicas na zona prevista e a vastíssima área que poderão ocupar.
Fotomontagem
Património Religioso na Cidade de Évora
Fotografia de Guilherme Branco
Património Religioso na Cidade de Évora
em conversa no Grupo Pro-Évora
À semelhança de outras cidades na Europa, Évora não foi excepção na relação entre Religião e a Cidade Edificada, pois, desde a sua fundação, os diferentes povos desenvolveram e pontuaram a cidade com e a partir de construções religiosas, especialmente as cristãs.
O Património Religioso na Cidade de Évora- Proposta para uma Metodologia de Inventário será o tema que o arquitecto Guilherme Branco apresentará no próximo dia 21 de Março na sede do Grupo Pro-Évora, na Rua do Salvador, 1, a partir das 18 horas.
Esta comunicação visa demonstrar o impacto e as marcas deixadas pela Igreja no Centro Histórico de Évora, bem como a identificação e localização dos seus edifícios e elementos religiosos. Tornou-se possível quantificá-los através de um Inventário (Tipologias Arquitectónicas e Outros Elementos), levando-nos a um número revelador da forte presença da Igreja na cidade, bem como a identificação de alguns factores de risco que o Património Religioso enfrenta, demonstrando-se, assim, a importância de o registar, proteger e salvaguardar.
A iniciativa integra-se nas Conversas d'Évora, nas quais o Grupo Pro-Évora pretende debater assuntos relevantes do património eborense.
Desafios da conservação da muralhas de Évora
Desenho de Susana Coelho
Desafios da conservação da muralhas de Évora em debate no Grupo Pro-Évora
20 de Junho de 2023
A conservação das muralhas e do sistema defensivo de Évora apresenta uma série de desafios que requerem a definição de metodologia e estratégias de intervenção continuada para garantir a sua preservação e valorização. Este é o mote do debate que se realizará na sede do Grupo Pro.Évora, na Rua do Salvador n.º1 no próximo dia 20 de Junho, pelas 18 horas, aberto a todos os interessados.
A conservadora restauradora Susana Coelho e o arquitecto Eduardo Miranda apresentarão os fundamentos e a própria metodologia definida, a proposta de intervenção e a estratégia de conservação, de que são objectivos gerais o estudo do monumento e dos vestígios arqueológicos associados, e a sua valorização como elemento estruturador do espaço urbano da cidade.
Esta sessão pública segue-se à realizada no dia 13, onde o historiador Manuel Branco e o arquitecto Eduardo Miranda equacionaram a História das Muralhas e a sua relação com a evolução urbana de Évora.
Desenhos de Susana Coelho
As Muralhas de Évora em debate no Grupo Pro-Évora
Desenho de Eduardo Miranda
As Muralhas de Évora em debate no Grupo Pro-Évora
13 de Junho de 2023
As muralhas da cidade de Évora vão ser o tema em debate na sede do Grupo Pro-Évora (GPE) no próximo dia 13 de Junho. Serão oradores o historiador Manuel Branco, que falará sobre a História das Muralhas, e o arquitecto Eduardo Miranda, que falará sobre as Muralhas e a Evolução Urbana.
Na história da cidade europeia, as muralhas e as fortificações constituíram o limite do espaço urbano e uma barreira ao seu crescimento, sendo indissociáveis dos ciclos de evolução urbana até à modernidade. Enquanto limite físico, as muralhas foram elementos fundamentais da estrutura urbana. Afastado o perigo muçulmano, com a conquista total do Algarve em meados do século XIII, a cidade de Évora cresceu para fora da velha muralha romana, criando-se arrabaldes.
Em meados do século XIV, permaneciam latentes as tensões com Castela, havia movimentos “populares” um pouco por todo o ocidente e permanecia o receio de uma ofensiva muçulmana em grande escala; mas deve ter sido a crise provocada pela eclosão da Peste Negra que determinou a urgência de criar uma “cerca nova”, defensiva e sanitária, que protegesse a cidade e seus arrabaldes.
Esta iniciativa integra-se no ciclo Conversas d’Évora, que o GPE realiza há alguns anos, e ocorrerá na sede da Rua do Salvador, 1, a partir das 18 horas, aberto a todos os interessados. No dia 20 de Junho, no mesmo local e à mesma hora, realizar-se-á um segundo debate sobre as muralhas da cidade, agora centrado nos Desafios da Conservação, sendo oradores a conservadora-restauradora Susana Coelho e o arquitecto Eduardo Miranda.
Desenhos de Eduardo Miranda
Debate sobre a transformação da Quinta do Paço de Valverde para a instalação de uma unidade hoteleira
No dia 21 de Abril de 2022, o Grupo Pro-Évora realizou um debate sobre a transformação da Quinta do Paço de Valverde para a instalação de uma unidade hoteleira, tendo convidado a arquitecta paisagista Aurora Carapinha e o historiador Manuel Branco para fazerem os respectivos enquadramentos paisagístico, ambiental e histórico. O debate integrou-se no ciclo Conversas d’Évora, nas quais o GPE pretende debater assuntos relevantes do património eborense.
Para uma melhor compreensão da situação, seguem-se algumas informações relativas ao processo.
Nos Termos de Referência do Caderno de Encargos do concurso de 2020 para a concessão da Quinta do Paço de Valverde para a instalação de um estabelecimento hoteleira, que está na base do contrato já celebrado, é assinalado, nesta planta da quinta, o espaço a afectar a uso turístico.
Nesta planta, também constante dos Termos de Referência indicados, é assinalada a área de possível construção de equipamento hoteleiro.
Na “memória descritiva e justificativa” do “pedido de informação prévia” do projecto, a que o Grupo Pro-Évora teve acesso na Divisão de Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Évora, já depois de realizado o debate, prevê-se o seguinte para esta área:
- Na zona Norte da quinta, “edifício de lazer e piscina”, entre as capelas e a cerca, incluindo “zonas de estacionamento acessíveis pela nova via de circulação interior”. Este edifício, com bar, esplanada e sala de polivalente, terá uma cércea (dimensão vertical da construção) máxima de 7,20 metros.
- Na faixa Nordeste da quinta, entre o muro e o percurso pedonal existente, um “conjunto disperso” de 38 “unidades de alojamento”, umas em edifícios com dois pisos e uma cércea prevista de 6 metros, outras em edifícios térreos com uma cércea prevista de 3,5 metros.
- Na zona Noroeste da quinta, no pátio do tanque dos laboratórios e galinheiros, um “edifício para eventos”, com permissão para a alteração de volumetria, fachadas e vãos existentes, prevendo-se uma cércea máxima de 8 metros.
Estes elementos eram desconhecidos no dia do debate organizado pelo Grupo Pro-Évora, 21 de Abril de 2022, apenas sendo acessíveis electronicamente os Termos de Referência do Caderno de Encargos do concurso de 2020. Não será de estranhar, pois, que as intervenções não refiram estes novos dados, acima sumariamente referidos.
1919-2019
"Em 16 de Novembro de 1919 foi formalmente fundado o Grupo Pro-Évora. Até hoje, somam-se mais de cem anos de actividade em defesa do património e de valores culturais da cidade de Évora." A Direcção
Seis Colunas
Foram instaladas seis colunas Séc. XVII, no pátio do Grupo Pro-Évora em Fevereiro de 2011.
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