Acrópole XXI -
DEFESA DO PATRIMÓNIO PREVALECEU
A Câmara Municipal de Évora (CME) anunciou o abandono do projecto base do Arq.º Nuno Lopes, que visava a intervenção em espaço público e equipamento urbano para a Acrópole de Évora e área envolvente. A CME reconheceu que o projecto não era consensual e referiu que o projectista não quis alterá-lo em aspectos considerados essenciais. Também a Direcção Regional de Cultura do Alentejo se pronunciou criticamente em relação ao projecto.
O Grupo Pro-Évora (GPE) congratula-se com esta decisão, pois sempre considerou aquele projecto como descaracterizador de todo o conjunto, especialmente da área envolvente do Templo Romano, atentando contra a memória, a topografia e as funcionalidades do local.
No debate promovido pelo GPE em Dezembro de 2009, tanto o Professor Ribeiro Telles como a Arq.ª Margarida Cancela de Abreu salientaram os efeitos profundamente negativos que aquele projecto provocaria e defenderam uma intervenção minimalista para a zona e a manutenção do Jardim de Diana,justificando as suas posições com um conjunto vasto de razões, de que demos conhecimento nas informações 13 e 14 publicadas neste jornal em Fevereiro último – já em Dezembro de 2009 havíamos chamado a atenção para os aspectos que consideramos mais gravosos, nas informações 11 e 12 aqui divulgadas.
O GPE continuará a sua acção em defesa da zona mais emblemática da cidade e prepara a realização de mais debates sobre este tema.
Boletim A CIDADE DE ÉVORA
Câmara Municipal de Évora pretende reestruturar o boletim A Cidade de Évora, publicação cultural cujo primeiro número foi editado em 1942. A intenção é criar um Conselho Editorial e um Conselho Científico, acreditando cientificamente a revista e indexando-a em bases de dados internacionais.
Este boletim, ao longo da sua história, afirmou-se como importante veículo de divulgação de trabalhos de história local e regional, com especial destaque para temas de arqueologia, história da arte, literatura e antropologia. Os setenta e seis números publicados até 1993 contrastam com os escassos oito números editados de 1994 até hoje, tendo a revista perdido o seu carácter generalista e assumido um cunho sobretudo temático.
Entendemos que a criação de um Conselho Editorial constitui uma oportunidade para a valorização da revista, especialmente se o mesmo for representativo da cidade e suficientemente diversificado no âmbito cultural, garantindo uma orientação tematicamente coerente, de acordo com a sua identidade.
Esperamos também que esta reestruturação não assuma uma linha editorial académica, contrariando a abertura que sempre demonstrou relativamente à sua colaboração, a que deve, em boa parte, o prestígio alcançado.
Museu do Artesanato
Tem sido notícia a polémica em torno do Centro de Artes Tradicionais, que nasceu da intenção de a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, responsável pelo Centro, aí instalar uma colecção de peças de design, propriedade de Paulo Parra, com o apoio da Câmara Municipal de Évora. Estão em causa diversos aspectos: a existência autónoma do Centro, antigo Museu do Artesanato, sedeado no antigo Celeiro Comum de Évora; a compatibilidade de coexistência da colecção do museu e da colecção Paulo Parra; a salvaguarda das condições do local e da sua adequação às suas funções museológicas; a tutela e a direcção do Centro; o quadro de pessoal; as responsabilidades financeiras.
O Grupo Pro-Évora nada tem contra a existência de um museu de design constituído pela colecção Paulo Parra, mas não concorda com a solução prevista, que põe em causa a existência do Centro de Artes Tradicionais/Museu do Artesanato como instituição cultural autónoma e as condições adequadas para a MUSEU DO ARTESANATO exposição do seu acervo. Também as soluções financeira e directiva previstas, segundo o protocolo conhecido, não defendem nem garantem a valia do Museu do Artesanato nem a continuidade que lhe deve ser reconhecida.
Já no corrente mês de Julho, o Instituto dos Museus e da Conservação manifestou, relativamente ao Centro de Artes Tradicionais, que «o projecto e a área científica em que se inscreve parecem ser, ainda hoje, de grande pertinência para o território e a sociedade local, marcas de uma identidade onde a população se reconhece e onde os visitantes de fora compreendem a essência dessa notável identidade», criticando a tutela pela «falta de pessoal técnico que coordene, programe e garanta as actividades de conservação, estudo e divulgação das colecções, fidelização de públicos através de serviços de educação e de comunicação, assim como a articulação em rede com instituições pares, nacionais e internacionais».
"Guia de Escultura da Cidade de Évora"
Esta edição bilingue (português/inglês) localiza e identifica cerca de 50 esculturas públicas. Com fotografias de Paulo Nuno Silva, mapas, fichas técnicas e textos introdutórios de Maria do Mar Fazenda, são propostos três percursos temáticos - Percurso Evocativo, Percurso Simpósio ’81 e Percurso (Re)Pensar a Cidade – que dão visibilidade e leitura às peças instaladas na cidade.
Este livro está disponível na sede do Grupo Pro-Évora
"Pela Biblioteca Pública"
Remonta a 1992 a intenção declarada, por parte dos responsáveis pela cultura em Portugal, de dividir a Biblioteca Pública de Évora, uma das mais notáveis do pais. Desde logo o Grupo Pro-Évora iniciou uma campanha de defesa desta instituição, a semelhança do que fizera aquando da sua fundação.
de Celestino Froes David e Marcial Rodrigues
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