As muralhas de Évora e a zona verde monumental

Desenho de Eduardo Miranda

Desenho de Eduardo Miranda

 

O troço das muralhas de Évora entre a Porta de Avis e a Porta da Lagoa e a denominada Zona Verde Monumental vão estar em debate no Grupo Pro-Évora (GPE) no próximo dia 25 de Outubro, na Rua do Salvador, 1, pelas 21 horas. A conversa, aberta a todos os interessados, será contextualizada por Jorge Carvalho, urbanista coordenador da revisão do Plano de Urbanização de Évora (PUE), e Eduardo Miranda, arquitecto responsável pela temática de história e património na revisão do PUE.

A Zona Verde Monumental corresponde à zona dominantemente rural situada entre o Centro Histórico e o Alto de S. Bento. No que respeita às Muralhas, é definida pela área entre a Porta de Avis e a Porta da Lagoa, espaço nobre da Cidade, contíguo à Muralha, subutilizado e desordenado, ocupado com parque de estacionamento e frente construída pontuada por imóveis devolutos e degradados.

Este espaço extramuros foi ocupado desde o início do seculo XX com diversas construções, algumas das quais adossadas à Muralha, que não foram abrangidas pelos planos de recuperação dos anos de 1950 e 1960, da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

Na década de 1990 ocorreram, nesta área, a construção da Circular à Muralha e algumas demolições, e foram elaborados estudos urbanísticos que não foram executados. Permanece um vasto terreiro, marcado por estacionamento automóvel e abandono.

 

A revisão do Plano de Urbanização de Évora, em curso, propõe estender, visual e funcionalmente, o Centro Histórico para a área Norte da Cidade, assumindo-o como “espaço monumental” e incluindo:

  • Espaço verde público, enquadrado por Muralha, Aqueduto da Água de Prata, Forte de Santo António e Centro Cultural de Utilizações Múltiplas de Évora (o chamado Pavilhão Multiusos, a construir), mantendo uma imagem “rústica”, de campo que chega à cidade;
  • Qualificação do espaço contíguo à Muralha entre Porta de Avis e Porta da Lagoa;
  • Integração do Forte de Santo António na Cidade;
  • Valorização da função pedonal, com percursos de modos suaves directos e explícitos e simplificação rodoviária.

No Regulamento do PUE de 2011, afirmava-se que “Todas as intervenções promovidas na Zona Verde Monumental deverão salvaguardar a ruralidade existente e contribuir para destacar a presença do Aqueduto, como elemento de união entre os vários Elementos Individuais de Valor Patrimonial.”

Este debate público integra-se nas Conversas d’Évora, que o GPE vem promovendo há vários anos, e pretende discutir as propostas referidas do PUE, especialmente o programa – ainda não estabelecido e que oferece várias dúvidas – para qualificação do espaço contíguo à Muralha entre a Porta de Avis e a Porta da Lagoa.

 

"Guia de Escultura da Cidade de Évora"

imageEsta edição bilingue (português/inglês) localiza e identifica cerca de 50 esculturas públicas. Com fotografias de Paulo Nuno Silva, mapas, fichas técnicas e textos introdutórios de Maria do Mar Fazenda, são propostos três percursos temáticos - Percurso Evocativo, Percurso Simpósio ’81 e Percurso (Re)Pensar a Cidade – que dão visibilidade e leitura às peças instaladas na cidade.

Este livro está disponível na sede do Grupo Pro-Évora

"Pela Biblioteca Pública"

imageRemonta a 1992 a intenção declarada, por parte dos responsáveis pela cultura em Portugal, de dividir a Biblioteca Pública de Évora, uma das mais notáveis do pais. Desde logo o Grupo Pro-Évora iniciou uma campanha de defesa desta instituição, a semelhança do que fizera aquando da sua fundação.
de Celestino Froes David e Marcial Rodrigues