Grupo Pro-Évora reuniu com Director da Biblioteca Nacional

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Criado em 14-11-2025

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Necessidades e urgencias da Biblioiteca Pública de Évora

O Grupo Pro-Évora (GPE) reuniu com o Director da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) no dia 7 de Novembro, com o objectivo de analisar diversos problemas que afectam a situação da Biblioteca Pública de Évora (BPE). Estes problemas dizem respeito sobretudo ao edifício da BPE, à necessidade de um espaço para depósito de parte significativa do seu acervo e aos recursos humanos.

O problema mais urgente é o das infiltrações de água no interior do edifício da BPE, situação que está a ser acompanhada pela BNP, que tutela a biblioteca eborense. Em 2018, a anterior direcção da BNP promoveu a renovação total do telhado, que se mostrou ineficiente, mantendo-se o problema das infiltrações. O Director da BNP, Diogo Ramada Curto, já iniciou o processo para intervenção com vista à resolução do caso, de acordo com o Ministério da Cultura (MC). O financiamento das obras e do respectivo projecto constitui, para o GPE, uma obrigação que o MC não poderá deixar de assumir, sob risco de ficarem em causa a preservação do importante património bibliográfico da BPE e a do imóvel.

A inexistência de um elevador na BPE constitui uma irregularidade que importa também resolver, em prol de cidadãos com mobilidade reduzida e do próprio serviço interno. Outro problema que afecta seriamente os serviços da biblioteca é a situação em que se encontra uma grande parte do seu acervo, depositado, em condições muito precárias, num armazém da antiga Manutenção Militar cedido pelo Ministério da Defesa, que a BPE terá que desocupar. Existem, na cidade de Évora, diversos imóveis do Estado que se encontram devolutos e que podem ser adaptados para receber esse espólio. Estamos, também nesta circunstância, perante a necessidade de uma decisão urgente.

Os recursos humanos constituem também uma carência da BPE, para que os seus serviços possam funcionar com a eficácia que devem ter.

Diogo Ramada Curto, há muito conhecedor destes problemas, manifestou-se empenhado em procurar a sua resolução, considerando que a colaboração de entidades locais poderá constituir um contributo fundamental, e afirmou a sua inteira disponibilidade para reunir com elas – a Câmara Municipal de Évora, a Universidade de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida, a Associação Évora 2027 foram alguns exemplos referidos, também pelo GPE. O GPE lembrou que já apresentara estes problemas em reuniões com o MC, sem que tenha obtido respostas satisfatórias de diferentes governos.

O GPE referiu ainda que o enorme afluxo de visitantes turísticos às instalações da BPE perturba o seu normal funcionamento, pelo que deverá ser ponderado, e que a inexistência de mesas digitais de leitura impede um acesso fácil e didáctico aos muitos documentos antigos digitalizados, objecto de procura e consulta por muitos frequentadores e visitantes.

O GPE chamou a atenção para a proximidade da realização da Capital Europeia da Cultura em 2027, que ocorrerá em Évora, prevendo-se um elevado número de visitantes que, certamente, acorrerão à BPE, insigne instituição que será um dos rostos da realidade cultural local e nacional. Este acontecimento constitui uma oportunidade excepcional para valorizar a BPE, que o MC deve, portanto, assumir como prioridade.

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